Quando falamos de efluentes estamos pensando em um fluido que sai de algum lugar. Neste caso estamos nos referindo a líquidos e gases que foram gerados, não reaproveitados, e descartados por algum processo produtivo industrial ou doméstico. Nas indústrias geralmente são denominados efluentes gasosos (no caso de gases), efluentes líquidos industriais ou despejos; quando domésticos são esgotos, aqueles coletados pela rede de esgotos municipais e que são encaminhados para o tratamento de esgotos.
Seja lá como denominados, devem ser tratados adequadamente para não ferir, atendendo a legislação aplicada, respeitando os requisitos necessários para a correta devolução ao meio ambiente, tanto para o ar que respiramos como para os corpos hídricos.
O Carvão Ativado é um material poroso que tem a capacidade de adsorver substâncias, tanto para a fase líquida quanto para gases e vapores, tornando-o uma escolha versátil e popular para o tratamento de efluentes. Ele, que já é amplamente utilizado em sistemas de tratamento de água para remover compostos orgânicos voláteis, compostos orgânicos sintéticos e outros poluentes, é capaz de remover esses poluentes também da água residual.
Nas várias tecnologias aplicadas, o Carvão Ativado pode ser usado em combinação de técnicas , como por exemplo, nos sistemas de tratamento de efluentes em processos físico químicos para tratar chorume, aquele líquido gerado pela decomposição do lixo, juntamente com outros processos, como a coagulação e a floculação. Dentro da sequência tradicional deste tipo de tratamento, o ponto de aplicação visa o máximo aproveitamento das propriedades do Carvão Ativado Pulverizado e, muitas vezes, requer um estudo individual para o máximo tempo de contato possível. Normalmente se faz a aplicação na etapa anterior ou inicial a intermediária do processo de floculação para que ocorra a completa mistura, favorecendo a formação dos flocos e facilitando a decantação e estabilização do lodo nas câmaras de decantação.
Já para os processos de tratamento biológico, aqueles em que os poluentes orgânicos são depurados pela ação de microrganismos que se alimentam pelo poluente, o Carvão Ativado também pode ser usado como tecnologia complementar. Por exemplo, nos processos denominados de Lodos Ativados, há a ação combinada da capacidade adsortiva do Carvão Ativado com a eficiência biológica das bactérias no sistema. Ou seja, o Carvão Ativado adsorve preferencialmente compostos orgânicos de elevado peso molecular e de difícil degradação biológica (tais como pesticidas) e, por outro lado, a atividade microbiológica remove os compostos de baixo peso molecular. Além disto, devido à sua generosa área superficial, o Carvão Ativado atua como um reservatório para compostos de degradação lenta, permitindo que os microrganismos tenham mais tempo para assimilar estes orgânicos. O lodo ativado circulante fica enriquecido com o uso do Carvão Ativado.
Na etapa final do tratamento, denominado tratamento terciário, o Carvão Ativado Granulado pode ser usado fazendo o polimento do efluente tratado, em colunas de adsorção, para a remoção de traços de compostos não removidos pelo sistema anterior (como BTX, cor, odor etc.). Normalmente são instalados após os filtros de areia e como mais uma alternativa de combinar capacidades, auxiliando na obtenção dos limites técnicos de liberação requisitados pela legislação.
Em resumo, o Carvão Ativado é uma tecnologia comum e eficaz no tratamento de efluentes, com vantagens significativas. Contudo, é importante considerar suas limitações ao selecionar a tecnologia de tratamento mais adequada para um determinado efluente. Sua eficiência e duração devem ser determinadas em laboratório e planta piloto para se obter o estudo econômico adequado.
Se você está procurando uma solução eficaz e sustentável para o tratamento de efluentes, considere a utilização de carvão ativado. Nós da ACT Carbon oferecemos ao mercado mais de um tipo para este segmento. Contate-nos!
